os dias não eram perfeitos. haviam contas para pagar, decisões a serem tomadas. haviam prazos, demandas, responsabilidades.
brigávamos em algumas horas, noutras corríamos um do outro para o universo próprio que cada um tem em seu lar.
porém, quando, deitada na cama, suas mãos tocavam seu seios tudo era perfeito.
eu não era nada senão seu amante. o tempo era a imobilidade do vento que esqueceu de soprar.
aquilo era eterno e atemporal.
ali, deitada como uma musa, ela me tinha a contemplá-la. ela sabia que eu jamais poderia livrar-me do desejo de ver tal milagre outra vez. e usava todo meu desejo a seu favor.
suas mãos eram damas do seu próprio prazer. enquanto sentia meu peito pleno de enlevo e meus olhos cegos de qualquer outra imagem...
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